terça-feira, 14 de julho de 2015


ilith aparece no Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século 13 que constitui o mais influente texto hassídico e no Talmude, o livro dos hebreus.
Lilith é o arquétipo da mulher indomada, que luta apaixonadamente pelo poder pessoal. Suas características são destemor, força, entusiasmo e individualismo.
Lilith... um mito que precede o folclore judaico, pois é de origem Suméria, sendo a resplandecente "Rainha do Céu", seu nome, “Lil” sinônimo de “ar” ou ‘tormenta”. Segundo Engelhard, a figura feminina de Lilith está presente nas mitologias sumerianas, babilônicas, assíria, Cananéia, hebraica, árabe, persa e teutônica, mas, é rejeitada pela cultura e religião judaica sobremodo, tradicional, machista e patriarcal (redundância intencional). Mas o mito ganhou força mesmo nas lendas folclóricas assírio, babilônica e hebraica, habitando sempre os desertos e, na cultura hebraica, após abandonar a Adão fugiu para o deserto, onde teve turbulentas aventuras eróticas com anjos caídos e se firmou como demônio. Lilith profanou o nome de Deus e, habitava nos desertos no em torno ao mar vermelho, onde também habitam os demônios e espíritos malignos, segundo a tradição hebraica, é um lugar maldito! Com sua sede de vingança, ceifava a vidas dos viajantes que passavam, mantendo com eles relações sexuais e após o coito, decepava-lhes o pênis apenas com a força da vagina. Reza a lenda que Lilith era capaz de gerar 100 filhos por dia! Incubus, quando masculinos e sucubus quando femininos. Eram demônios com poderes vampíricos e daí surgiram as lendas dos vampiros. Nas lendas judaicas onde impera o machismo e o regime patriarcal, Lilith é sempre vista de forma negativa, enquanto Eva, é apresentada como dona de uma singular beleza e de qualidades impares e sempre, SUBMISSA.
São inúmeros e divergentes os relatos orais e escritos sobre o mito Lilith. Samael Aun Weor, fundador do Movimento Gnóstico Cristão Universal diz que Adão teria tido duas esposas originalmente: Lilit e Nahemah. Para Samael Aun Weor, “Lilith é a mãe dos abortos, da homossexualidade e, em geral, de toda classe de crimes contra a natureza. Nahemah é a mãe da beleza maligna, da paixão e do adultério”. Por isso, ambas refletiriam o que os esotéricos gnósticos chamam de infrassexualidade, que é tratada pelos gnósticos, como toda a relação “contrária” a natureza humana, como por exemplo, PARAFILIAS, COMPULSÕES, FIXAÇÕES, PERVERSÕES, FETICHES, FANTASIAS e demais “desvios” em relação ao que se considera sexualidade "normal". É um demônio!
É impossível não fazer uma análise do mito de Lilith em relação ao surgimento da inquisição na Idade Média; pois estão intimamente ligados. No tribunal do Santo Ofício os inquisidores consideravam como bruxa toda mulher que demonstrasse algum tipo de rebeldia contra a ordem patriarcal. A rebeldia era o primeiro sinal de bruxaria. Se a mulher fosse ruiva ou albina, o inquisidor não tinha mais dúvida que estava realmente diante de uma bruxa. O julgamento era precedido de torturas e, durante o julgamento a mulher era torturada in extremis até confessar suas relações com o demônio. Quando esta confissão ocorria os inquisidores aumentavam as torturas até que a mulher confessasse que mantivera relações sexuais com o demônio. Estas supostas relações sexuais eram descritas com riquezas de detalhes eróticos o que transformava o tribunal do Santo Oficio numa orgia sadomasoquista. A punição de Lilith, por outro lado, reside no seu banimento da comunidade dos homens: no isolamento social e na solidão. Ela deve sofrer as consequências dos seus atos sozinha no deserto. Deve ainda atormentar com sua sensualidade e seu erotismo o sonho casto do santo, daquele que busca ter um coração puro. Nisto consiste a sua maldição. Ela agora não é apenas excluída, é temida. E pela força da sua sensualidade é também desejada. A relação de Lilith com o sexo oposto é marcada pela ambivalência: amor e ódio, atração e repulsão, medo e desejo, prazer e destruição.
Muitos veem no mito Lilith apenas a luxúria e desenfreado desejo sexual e é a causa da repulsa pelos cristãos, que, sem ter conhecimento do que representa o mito, o demonizam e até hoje dão aos que, seja por força de um distúrbio ou que seja sua natureza, tem um apetite sexual exacerbado em comparação a maioria comum, estar sendo dominado pelo demônio Lilith, demônio que invade os sonhos masculinos causando-lhes polução noturna ou desejo de masturbação e nas mulheres, desenfreado desejo sexual.


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