domingo, 12 de julho de 2015

E agora uma citação do drama Oulanem:
"Vapores infernais sobem e preenchem o meu cérebro,
Até eu enlouquecer e o meu coração se transformar dramaticamente.
Vê esta espada?
Foi o Rei da escuridão
Quem me vendeu.
........
Pois ele está marcando o tempo e dando sinais.
Cada vez mais agitado executo a dança da morte.
E eles também: Oulanem, Oulanem.
Este nome soa como a morte,
Soa até não se reter em formas miseráveis.
Alto! Agora o tenho. Ele se ergue da minha alma,
Claro como o ar, duro como os meus ossos.
E, ainda, personifica a humanidade,
Eu poderia tomá-lo pela força das minhas mãos poderosas e esmagar com força feroz.
No entanto, enquanto o abismo se abre diante de mim e tu na escuridão,
Tu cairás e eu te seguirei.
Rindo e sussurrando em teu ouvido: “Desça comigo, amigo!”
.........
Arruinei-me, arruinei-me.
O meu tempo se esgotou.
O relógio parou, a pequena construção ruiu.
Logo abraçarei a eternidade, e com um bramido
Ganirei gigantesca maldição para toda a humanidade.
Hah, eternidade, nossa dor eterna,
Morte indescritível, imensurável!
Odioso, concebido artificialmente,
Para nos desprezar
Nós, que nós mesmos, como mecanismo do relógio
Cegamente mecânico, criado para ser
Calendários tolos de tempo e espaço,
Sem qualquer finalidade,
Além de manifestação acidental para a destruição.
No final do drama “Oulanem” Marx escreve:
Hah! Torturado sobre a roda de fogo,
Devo dançar alegremente no círculo da eternidade:
Se houvesse algo além disso,
Eu me jogaria, mesmo que tivesse que destruir o mundo para consegui-lo.
Construído entre ele e eu !
Deve ser destruído com maldições.
Eliminarei a existência teimosa pelas minhas mãos.
Abraçando-me, ele calmamente desapareceria.
E então – descer ao lugar nenhum.
Desaparecer completamente, e não ser – isto seria – a vida.
Na tragédia Oulanem, Marx amaldiçoa toda a humanidade.
Todos os participantes do drama sabem da sua perversidade e se divertem nela como numa festa.
(Marx -Oulanem” 1837)


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