quarta-feira, 29 de abril de 2015



Obsessão e influências dos espíritos!?! Fiquem atentos!!!



Estamos sempre falando dos ataques espirituais, das ações do baixo astral e de toda ação negativa que envolve um médium para afastá-lo do caminho do bem, da evolução do espírito e da prática da caridade, inclusive influenciando em toda estrutura e trabalho religioso de um Terreiro. Aliás, acredito que todos têm suas histórias particulares sobre o assunto, não é mesmo?

No entanto, percebo que normalmente nossa memória é curta demais e pior, registramos somente pequenos pontos de interesses e facilmente esquecemos fatos importantes e fundamentais para que não caiamos na mesma situação.

Pensando nisso, quero reproduzir alguns trechos do livro “Aconteceu na Casa Espírita” - pelo espírito Nora através do médium Emanuel Cristiano, editora Allan Kardec - para que registremos e compreendamos de forma mais expressiva a ação do baixo astral. Além disso, fica também a dica para que periodicamente retornemos a ler, sem nenhuma dificuldade, esses pequenos trechos dessa importante obra.

Aproveite e reflita, olhe em volta e pense: qual a brecha que você está abrindo para o “agir” do baixo astral? Observe se você está sendo manipulado através de situações “extraordinárias” ou se você está perdendo seus princípios religiosos.

Sei que mesmo com alguns cortes o texto está longo, mas garanto que vale MUITO a pena ler até o final, mesmo porque, caso você não consiga ou não se interesse pelo assunto, você poderá estar sendo induzido sutilmente e fortemente pelo baixo astral. Fique atento!

……. Iniciando o Ataque

Os dias correram e o trabalho no Centro Espírita prosseguia em relativa tranquilidade. Nas zonas espirituais inferiores, porém, os adversários da verdade já estavam prontos para o ataque.

Júlio César, qual doente mental, gritava palavras de ordem, seguidas destas orientações:

- Camaradas! Nossa hora chegou! Já fui informado de que os emissários da luz igualmente se organizaram, falando aos responsáveis encarnados da maldita Instituição sobre os nossos planos. Já esperávamos por isso, espíritos fracos nos denunciaram; isso não vai nos impedir! O odioso Templo permanece impregnado de fluidos amorosos. Nós, também, somos muitos e dispomos de poderosas vibrações negativas. Nosso momento chegou!

- Gonçalves!… Gonçalves! Gritou o infeliz, procurando entre a multidão seu capataz.

- Estou aqui, senhor, respondeu o servo diabólico.

- Já fez a verificação dos principais trabalhadores?

- Sim, aqui está o levantamento, dez dirigentes serão visitados por nós. Temos, por exemplo, os registros da… responsável pelo… atendimento fraterno. Veja: o nome dela é Márcia Boaventura. Identificamos, após dias de observação, que é uma mulher dedicada ao trabalho espírita. Nos últimos cinco anos, dizem os relatórios, nunca faltou nos dias de plantão. Promove periodicamente reuniões com seus cooperadores, está sempre disposta a ouvir sugestões, trata a todos com afabilidade e doçura, evita os comentários menos edificantes, está distante das fofocas, trabalhando com espantosa seriedade, guardando e recomendando absoluto sigilo sobre todos os casos de atendimento. Através dela não temos nenhum campo de ação, sem contar a proteção que angariou pelo trabalho tão bem realizado, quase não oferece brecha, limitando a 1% nossa influenciação sobre ela. Entretanto, para nossa grande alegria, é casada com um homem possuidor de densas vibrações, o que nos permitiu a aproximação e convivência em sua própria residência; avesso ao Espiritismo, o esposo frequenta raramente os cultos de uma seita evangélica, carregando na mente a idéia de que a Doutrina Espírita é coisa do diabo.

- Isso! Interrompeu o mandante, eis aí o nosso homem! Incentive-o a continuar na igreja, acompanhe-o, ore com ele se for preciso! (risos)

- À igreja? Perguntou o serviçal admirado. Sabe mesmo o que está me mandando fazer? Insistiu o capataz completamente atordoado. Explique melhor, senhor, quais são seus objetivos.

- Preste bem atenção, Gonçalves, disse o astuto Júlio César, aproximando-se do empregado, abraçando-o como se desejasse falar-lhe em secreto, guardando brilho estranho nos olhos, retirando-se, a passos lentos, para local isolado, enquanto ditava, com voz soturna, aos ouvidos do tolo servidor das trevas este triste plano: – Vamos atormentá-la, envolveremos de tal forma o infeliz do marido que ele fará da vida dela um inferno e, a pretexto de manter a harmonia do lar, ela terá de abandonar as tarefas e aí, adeus à afabilidade e à doçura.

- Mestre, contra-argumentou Gonçalves, há, ainda, uma outra coisa, a considerar. O marido é dado à bebida, se o incentivarmos à igreja, as orientações, ainda que fanáticas, ameaçando os adeptos com o fogo do inferno, poderá levá-lo a largar o álcool, impossibilitando-nos de utilizar mais este trunfo.

- Ora, respondeu o obsessor chefe, que trunfo melhor poderíamos ter senão o medo do inferno. Nós somos os próprios “demônios”, deixe que o infeliz pare de beber; para nós o que importa é infernizá-la, irritá-la naquilo que possui de mais sagrado. Ela não aguentará os argumentos de um marido fanático e, além do mais, poderemos fazer com que toda a economia doméstica seja, mensalmente, conduzida à igreja, “contribuindo com a obra do Senhor”, perturbando-lhe ainda mais a vida financeira e a convivência familiar. Assim, ela será obrigada a procurar um emprego, a fim de suprir as necessidades básicas, afastando-se definitivamente das tarefas no Centro Espírita.

Não se esqueça, continuou o perverso coordenador, de verificar na instituição alguém cujas vibrações denotem desejo ardente em assumir um cargo, veja entre os próprios companheiros de Márcia se há brechas nesse campo, quem sabe um desejo escondido, uma pontinha de inveja etc. Incentive-os a cobiçar esta colocação, aproveite um daqueles dias em que os trabalhadores demonstram natural irritação, ocasionada pelas atividades frenéticas da vida moderna, fazendo com que alguns comecem a se aborrecer com as orientações da coordenadora. Faça brotar, entre eles, ideias de que a responsável pelas entrevistas gosta de mandar, aparecer, dominar! Assim, quando nossa “querida irmã” abandonar o trabalho espírita, compelida pelo marido, outros estarão à disposição, ávidos pela disputa do cargo de entrevistador-mor, e os que forem reprovados certamente se afastarão melindrados. Os que ficarem não terão a mesma eficiência de nossa vítima, será o fim do atendimento fraterno bem organizado daquela Casa.

Plano perfeito!

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(…) Os obsessores deixaram a cidade das trevas em direção à residência do casal Boaventura.

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