Quando é comentado que o Satanismo é a Doutrina do Egoísmo, do Amor próprio e do "Self" (Eu), é comum entender que esta é uma via de fácil escolha e fácil cumprimento. Porém, mesmo ostentando um caráter tão convidativo, amar a si mesmo é uma tarefa complicada. Muitos pensam que exercer este amor é fazer suas vontades, é viver seus prazeres, como se a Preguiça e a Soberba fossem as maiores honras na vida de um homem. Mas o buraco é mais embaixo... A responsabilidade que demonstramos em lidar com a liberdade é o que separa os homens dos meninos.

"Satã representa todos os chamados pecados, desde que eles levem à gratificação física, mental ou emocional!" - "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.".

"Amar a si mesmo acima de todas as coisas" não é uma tarefa fácil, por mais que soe assim. É necessário autoconhecimento, autopreservação e, ironicamente, autopunição. Honestidade é o preço que temos de pagar, e não há ninguém para fazer isto por mim.

"Satã representa indulgência ao invés de abstinência!"

É claro que nossos erros não se tornarão eternos e chorosos lamentos, não ficaremos abalados o resto da semana se pisarmos na bola, mas devemos ter plena consciência de que erramos, não podemos deixar isto passar em branco. E como não obedecemos a sistemas ou moldes, nós mesmos somos os responsáveis pelo julgamento e condenação que irão corrigir a vida do condenado.

Nós fazemos por nós mesmos aquilo que os sistemas fazem com seus fiéis, porém com maior liberdade: Analisam modelos de perfeição e doutrinam seus adeptos a seguir estas definições.

Amar a si mesmo é limitar-se enquanto não há limites, é modelar-se sem usar moldes, é condenar-se sem haver condenação. Amar a si mesmo acima de todas as coisas é uma tarefa solitária, sofrida, porém sublime de uma forma que não há nada igual.

"Satã representa o homem como outro animal, algumas vezes melhor, mas geralmente pior do que aqueles que caminham sobre quatro patas...".

- Daemonus