OS SIDHIS OU PODERES IÓGUICOS
Outro tipo de poder são os do iogues, místicos e santos. A tradição cristã tem vários casos e exemplos deste tipo em sua história, Francisco de Assis, Santo Expedito, Santo Antonio e muitos outros. A tradição hindu, ao longo dos séculos e milênios, produziu grandes iogues em sua história. Por isso, a tradição iogue reconhece os poderes como eventos naturais no processo de evolução e desenvolvimento do ser. Os sidhis – como são conhecidos - são tratados por Patanjali, no Yoga Sutras, como resultado natural da meditação profunda ou Samadhi. No livro Autobiografia de um Iogue, de Paramahansa Yogananda, há vários relatos desse poderes fantásticos, tais como: telepatia, bilocação, materializações, curas, premonições, ressuscitamento, dentre outros. Mas o que pouca gente sabe é que mesmo um iogue pode se tornar um mago negro. Basta, para isso, que ele use seus poderes - geralmente alcançado após anos de prática de alguma técnica- passe a usá-los para fins unicamente pessoais e egoístas.
O IOGUE LADRÃO
Sri Yuktéswar, o mestre de Yogananda, contou que conheceu “um muçulmano autor de prodígios”. Este muçulmano, chamado Afizal Khan, aprendera uma técnica com um mestre iogue que lhe dava domínio sobre um dos reinos invisíveis. Após anos e anos de prática, ele finalmente alcançou o domínio completo do poder de materialização e teletransporte de objetos. Mas, lamentavelmente, passou a usá-lo para roubar as pessoas. Sri. Yukteswar contou que o viu fazer várias materializações. Não eram jóias pequenas, nem cinzas, nem objetos produzidos num palco de fundo preto. Ele viu um banquete inteiro ser produzido na sua frente saído do “nada”. Mas então porque ele roubava? A explicação dada foi a seguinte: os objetos astralmente produzidos tem pouca durabilidade, ou seja, desmaterializam-se rapidamente. Ao contrário dos objetos do mundo material cuja durabilidade e consistência é bem maior. Por isso, ele ambicionava as coisas produzidas pelo processo natural, por serem mais duráveis e, portanto , mais valiosas. Não contarei detalhes, nem o final desta história fascinante descrita no Autobiografia. Citei esse caso aqui, apenas para mostrar que mesmo um iogue, ou meditador corre também o risco de se perder ao longo do caminho- talvez até mais do que os outros .
O CASO FAMOSO DE UM SUPOSTO “ IOGUE” DO MAL
É importante registrar que a literatura espiritualista já registra vários casos de iogues que passaram para o “outro lado”. Tudo indica que não resistiram à tentação dos poderes e passaram a usá-los de forma incorreta e egoísta. Se há egoísmo é porque ainda há EGO. O que demonstra que existe sim possibilidade dos poderes se desenvolverem mesmo que a pessoa não esteja ainda totalmente livre das ilusões. Quando isso acontece, o estrago é grande. Joyce Collin Smith, prestigiada escritora e pesquisadora britânica, no livro, “NÃO CHAME NINGUÉM DE MESTRE”*, cita o caso de um conhecido “iogue e guru” espiritual que fez muito sucesso nos anos 60. Por ter sido sua secretária particular durante muito tempo, ela testemunhou vários absurdos cometidos por este senhor e como ele usava seus poderes de telepatia e hipnotismo para alcançar seus objetivos. Segundo seu relato em primeira mão, este homem foi tornando-se cada vez mais estranho e arrogante, até trasnformar-se num completo e perigoso “bruxo do mal”. Estes casos alertam-nos para os perigos ao longo do caminho do meditador . Todavia, não são apenas os meditadores e iogues que podem tornar-se magos negro. Qualquer pessoa que não se vigie, pode, mesmo inconscientemente, atuar como um mago das trevas.
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