COMO ERA A SALA DE ADORAÇÃO AOS DEUSES QUE ESSE EX:SATANISTA FREQUENTAVA.
Quando Roland e eu fizemos nossa terceira visita à assembleia de adoradores de
demônios, George nos informou que o sacerdote satanista estaria presente, tendo
recentemente retornado de uma viagem aos EUA. Ele estava bastante confiante de que o
sacerdote nos olharia com simpatia e que, sem dúvida, nos permitiria o acesso à sala de
adoração aos deuses.
Ao entrarmos, fomos apresentados a algumas pessoas que ainda não conhecíamos,
e logo começamos a conversar com os que vieram desejar-nos uma boa noite. Pouco
depois, o sacerdote entrou. Apertando as mãos das pessoas e dirigindo-lhes algumas
palavras, ele veio se aproximando de nós. Quando chegou até nós, George disse:
– Reverendo, gostaria que conhecesse estes dois finos cavalheiros.
Conversamos com ele por uns momentos, e ele nos surpreendeu com algumas
coisas que disse. Por exemplo, quando George comentou que nós tínhamos servido na
Marinha Mercante, o sacerdote mencionou os nomes dos navios em que estivéramos, bem
como alguns detalhes dos quais ninguém tinha conhecimento. Tenho que admitir que isto
nos impressionou bastante. Ele, então, pediu licença e disse que gostaria de ter uma
breve conversa conosco em algum outro momento durante aquela noite.
Não só as suas palavras, mas também a sua própria presença, refletiam um ar
secreto e misterioso. Seu olhar era penetrante, sua cabeça calva e, ao falar, sua voz grave
e profunda se fazia acompanhar por um pequeno sorriso. Sua estatura, por si só, era
imponente. Eu diria que era a mesma do General Charles de Gaulle [militar renomado e
ex-presidente da França, que tinha uma estatura elevada].
Depois de uma demorada sessão de testemunhos aos deuses, o sacerdote
novamente se juntou a nós, numa conversa agradável. Ele disse que os espíritos lhe
haviam dado muitas informações a nosso respeito e tinham manifestado o desejo de
beneficiar a nossa vida e de conceder-nos grandes dádivas.
Quando a maioria das pessoas já havia saído, ele nos convidou para visitarmos a
sala de adoração aos deuses.
Para se compreender melhor quão perturbadoras e quase chocantes seriam para
mim as revelações que logo iria receber, devo descrever as imagens mentais que a minha
criação católica havia incutido em minha mente a respeito do diabo e de seus anjos
caídos. Em minha infância, os adultos me haviam ensinado que o diabo e seus anjos estão
no fogo do inferno, no centro da Terra, cuidando da infindável tarefa de impor vários tipos
de tortura às almas daqueles que morreram em estado de pecado mortal. Os adultos
descreviam os demônios para nós, crianças, como um tipo de criatura, meio animal, tendo
chifres, cascos e cuspindo fogo. Ao entrar em minha adolescência, concluí que essa coisa
toda era ridícula, e que provavelmente era invenção de alguma mente muito fértil, que
durante os séculos passados quis se aproveitar dos supersticiosos e ignorantes.
Posteriormente, questionei a própria existência do diabo e seus anjos.
Descemos as escadas com o sacerdote, que parecia estar se deleitando em nos
mostrar o seu santuário. Enquanto íamos andando, ele ia nos contando como um espírito
havia desenhado o projeto e a arquitetura do local.
Ele apontou para os complexos detalhes de delicada beleza ao longo da escadaria.
Posso lembrar-me ainda hoje dos entalhes que ornavam o seu maciço balaústre, das
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esplêndidas decorações nas paredes e do enorme candelabro sobre o primeiro patamar.
O espaçoso santuário me encheu de admiração. Um ar de segredo e mistério
enchia o local, dando a impressão de que uma grande influência tinha trabalhado ali para
fascinar a mente humana, a fim de que esta respondesse em reverência e submissão, sem
fazer perguntas.
As salas eram luxuosas e magníficas. Havia ouro por toda parte. As lâmpadas e
muitos outros objetos eram laminados ou enfeitados com esse metal. O sacerdote disse
que alguns dos objetos eram de ouro maciço. Embora o lugar não estivesse intensamente
iluminado, os objetos de ouro pareciam brilhar com grande resplendor.
Creio que foi a abundância de lindas pinturas a óleo que mais prenderam a minha
atenção. Cerca de 75 pinturas de 120 por 80 centímetros estavam penduradas nas
paredes. O sacerdote satanista disse que, se tivéssemos perguntas, ele ficaria feliz em
poder respondê-las.
– Quem são as pessoas de nobre aparência retratadas nessas pinturas? –
perguntei.
– São os deuses dos quais vocês ouviram falar durante as sessões de testemunho.
Como conselheiros-chefes, eles têm domínio sobre legiões de espíritos. Depois que eles se
materializaram para que nós pudéssemos fotografá-los, nós mandamos fazer estas
pinturas. Por serem merecedores das maiores honras, nós colocamos embaixo de cada
pintura um pequeno altar para que as pessoas possam, em suas devoções, acender velas,
queimar incenso e cumprir os rituais solicitados pelos espíritos.
Ao andarmos um pouco mais, chegamos a um altar no qual estava uma vara com
uma serpente de bronze enrolada ao seu redor. O sacerdote mencionou que o altar era
dedicado ao deus Nehustan, cujo poder o médico, que nós ouvimos em nossa primeira
visita, tinha utilizado de maneira maravilhosa. Comentou a respeito dos grandes milagres
que o deus de bronze efetuou para os filhos de Israel, quando eles queimaram incenso
diante da serpente de bronze feita por Moisés séculos antes
demônios, George nos informou que o sacerdote satanista estaria presente, tendo
recentemente retornado de uma viagem aos EUA. Ele estava bastante confiante de que o
sacerdote nos olharia com simpatia e que, sem dúvida, nos permitiria o acesso à sala de
adoração aos deuses.
Ao entrarmos, fomos apresentados a algumas pessoas que ainda não conhecíamos,
e logo começamos a conversar com os que vieram desejar-nos uma boa noite. Pouco
depois, o sacerdote entrou. Apertando as mãos das pessoas e dirigindo-lhes algumas
palavras, ele veio se aproximando de nós. Quando chegou até nós, George disse:
– Reverendo, gostaria que conhecesse estes dois finos cavalheiros.
Conversamos com ele por uns momentos, e ele nos surpreendeu com algumas
coisas que disse. Por exemplo, quando George comentou que nós tínhamos servido na
Marinha Mercante, o sacerdote mencionou os nomes dos navios em que estivéramos, bem
como alguns detalhes dos quais ninguém tinha conhecimento. Tenho que admitir que isto
nos impressionou bastante. Ele, então, pediu licença e disse que gostaria de ter uma
breve conversa conosco em algum outro momento durante aquela noite.
Não só as suas palavras, mas também a sua própria presença, refletiam um ar
secreto e misterioso. Seu olhar era penetrante, sua cabeça calva e, ao falar, sua voz grave
e profunda se fazia acompanhar por um pequeno sorriso. Sua estatura, por si só, era
imponente. Eu diria que era a mesma do General Charles de Gaulle [militar renomado e
ex-presidente da França, que tinha uma estatura elevada].
Depois de uma demorada sessão de testemunhos aos deuses, o sacerdote
novamente se juntou a nós, numa conversa agradável. Ele disse que os espíritos lhe
haviam dado muitas informações a nosso respeito e tinham manifestado o desejo de
beneficiar a nossa vida e de conceder-nos grandes dádivas.
Quando a maioria das pessoas já havia saído, ele nos convidou para visitarmos a
sala de adoração aos deuses.
Para se compreender melhor quão perturbadoras e quase chocantes seriam para
mim as revelações que logo iria receber, devo descrever as imagens mentais que a minha
criação católica havia incutido em minha mente a respeito do diabo e de seus anjos
caídos. Em minha infância, os adultos me haviam ensinado que o diabo e seus anjos estão
no fogo do inferno, no centro da Terra, cuidando da infindável tarefa de impor vários tipos
de tortura às almas daqueles que morreram em estado de pecado mortal. Os adultos
descreviam os demônios para nós, crianças, como um tipo de criatura, meio animal, tendo
chifres, cascos e cuspindo fogo. Ao entrar em minha adolescência, concluí que essa coisa
toda era ridícula, e que provavelmente era invenção de alguma mente muito fértil, que
durante os séculos passados quis se aproveitar dos supersticiosos e ignorantes.
Posteriormente, questionei a própria existência do diabo e seus anjos.
Descemos as escadas com o sacerdote, que parecia estar se deleitando em nos
mostrar o seu santuário. Enquanto íamos andando, ele ia nos contando como um espírito
havia desenhado o projeto e a arquitetura do local.
Ele apontou para os complexos detalhes de delicada beleza ao longo da escadaria.
Posso lembrar-me ainda hoje dos entalhes que ornavam o seu maciço balaústre, das
24
esplêndidas decorações nas paredes e do enorme candelabro sobre o primeiro patamar.
O espaçoso santuário me encheu de admiração. Um ar de segredo e mistério
enchia o local, dando a impressão de que uma grande influência tinha trabalhado ali para
fascinar a mente humana, a fim de que esta respondesse em reverência e submissão, sem
fazer perguntas.
As salas eram luxuosas e magníficas. Havia ouro por toda parte. As lâmpadas e
muitos outros objetos eram laminados ou enfeitados com esse metal. O sacerdote disse
que alguns dos objetos eram de ouro maciço. Embora o lugar não estivesse intensamente
iluminado, os objetos de ouro pareciam brilhar com grande resplendor.
Creio que foi a abundância de lindas pinturas a óleo que mais prenderam a minha
atenção. Cerca de 75 pinturas de 120 por 80 centímetros estavam penduradas nas
paredes. O sacerdote satanista disse que, se tivéssemos perguntas, ele ficaria feliz em
poder respondê-las.
– Quem são as pessoas de nobre aparência retratadas nessas pinturas? –
perguntei.
– São os deuses dos quais vocês ouviram falar durante as sessões de testemunho.
Como conselheiros-chefes, eles têm domínio sobre legiões de espíritos. Depois que eles se
materializaram para que nós pudéssemos fotografá-los, nós mandamos fazer estas
pinturas. Por serem merecedores das maiores honras, nós colocamos embaixo de cada
pintura um pequeno altar para que as pessoas possam, em suas devoções, acender velas,
queimar incenso e cumprir os rituais solicitados pelos espíritos.
Ao andarmos um pouco mais, chegamos a um altar no qual estava uma vara com
uma serpente de bronze enrolada ao seu redor. O sacerdote mencionou que o altar era
dedicado ao deus Nehustan, cujo poder o médico, que nós ouvimos em nossa primeira
visita, tinha utilizado de maneira maravilhosa. Comentou a respeito dos grandes milagres
que o deus de bronze efetuou para os filhos de Israel, quando eles queimaram incenso
diante da serpente de bronze feita por Moisés séculos antes

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